contribuição mínima na atração pelo mesmo sexo .
Como mostram estudos anteriores, gêmeos idênticos, em geral, não são iguais na atração pelo
mesmo sexo.
Por N.E. Whitehead, Ph.D.
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Os estudos com gêmeos são os meus favoritos por causa da imensa luz que acendem sobre as
origens da atração pelo mesmo sexo (AMS). O mais recente deles (Santtila et al., 2008) é três
vezes maior que qualquer outro já realizado – na verdade, maior que todos os anteriores juntos.
O que ele traz novo? Resposta rápida: Nada. Ele apenas confirma o que mostram as melhores
pesquisas da atualidade: que os fatores não-genéticos superam os genéticos.
O artigo se chama “ O Potencial para a Homossexualidade é Predominante e Genético” , o que
sugere ao leitor comum que a homossexualidade é algumas vezes ocultada, mas ocorre com
freqüência e é, predominantemente, genética. Porém, podemos ver que isso não é representativo
das descobertas mais recentes.
Esse é quinto estudo sistemático com gêmeos sobre a AMS masculina e feminina. Dos quatro
anteriores, dois são australianos (Buhrich, Bailey & Martin, 1991; Bailey, Dunne & Martin, 2000) e
dois são americanos (Hershberger, 1997; Bearman & Bruckner, 2002).
É um trabalho finlandês que dispôs de dados centralizados típicos dos países escandinavos e
reuniu uma grande amostra aleatória de gêmeos (6.001 mulheres e 3.152 homens) para um estudo
que, a princípio, seria sobre violência. Com essa restrição, só foi possível questionar duas coisas
sobre a AMS: “Você teve algum contato homossexual no último ano?", e (igualmente) “Se fosse
possível manter segredo, e você fosse assediado sexualmente por alguém do mesmo sexo de
quem você gostasse, quais seriam as chances de dizer sim?"
Antes de seguirmos adiante, vamos apontar uma pequena dificuldade. Infelizmente, os diferentes
estudos usam formas diferentes para medir a AMS. Enquanto alguns querem saber o número total
de parceiros, o estudo finlandês indaga apenas qual a freqüência de contatos no último ano.
Outras investigações perguntam sobre a freqüência das fantasias com o mesmo sexo. O estudo
em questão pediu aos participantes para fantasiar (talvez pela primeira vez) como seria um contato
com alguém do mesmo sexo. Os autores, então, afirmam que isso é medir a “homossexualidade
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A NARTH (Associação Americana para Pesquisa e Terapia da Homossexualidade) é uma organização
educacional, não-governamental, dedicada a afirmar o modelo complementar macho-fêmea de gênero e
sexualidade. Fundada em 1992, somos uma comunidade de psiquiatras, psicólogos, trabalhadores sociais,
conselheiros pastorais e profissionais, e outros cientistas comportamentais, bem como leigos de diversas áreas do
conhecimento como advogados, religiosos e educadores. Damos as boas-vindas a todos que queiram se juntar a
nesta empreitada.
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Neil Whitehead é Ph.D. em Química. Trabalhou como cientista para o governo Neozelandês por 24 anos e
para as Nações Unidas por 4 anos. Whitehead é autor do livro My Genes Made Me Do It (“Meus genes me
obrigaram a isso”), uma pesquisa com mais de 1700 artigos científicos sobre homossexualidade. Atualmente,
trabalha como consultor de pesquisas científicas e mantém o site http://www.mygenes.co.nz . em potencial”, mas qualquer um poderia concluir que essa medição indica claramente qualquer
outra coisa, menos a atração pelo mesmo sexo. Com certeza, o estudo poderia incluir os
bissexuais e, ao se expandir tanto, bem poderia testar coisas como novidade, curiosidade ou
busca de emoções, mais que a orientação sexual propriamente dita. No estudo, 32.8% dos
homens e 65.4% das mulheres disseram sim para a pergunta sobre fantasia, em oposição a 3.1%
dos homens e 1.2% das mulheres que se descreveram como homossexuais ativos.
Os resultados foram:
Atividade
Genético Ambiente compartilhado (social) Ambiente não-compartilhado (individual)
homens 27% (2.7-38) 0% (0-18) 73% (62-85)
mulheres 16% (8.3-24) 0% (0-3.6) 84% (76-91)
Potencial
homens 37% (12-47) 0% (0-19) 63% (53-73)
mulheres 46% (32-52) 0% (0-11) 54% (48-60)
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